Você, mãe?

Você já andou despretensiosamente pelo Bom Retiro?

Você já seguiu o som de sinos itinerantes pelo Bom Retiro?

Você já seguiu uma mulher carregando sinos pelo Bom Retiro?

Você já teve dificuldades de ouvir o que a mulher disse?

Você já teve os pés cansados por correr atrás dessa mulher?

Você já se cansou como uma mãe?

Você já foi acordado por esses sinos? 

Você já estava comendo em um restaurante quando se deparou com a placa “Você já olhou para uma mãe hoje”?

Você já esperou o sinal abrir quando alguém parou para reverenciar seu trabalho como mãe?

Você já foi parada na rua para perguntar o nome da sua mãe?

Você já foi reverenciada pelo seu trabalho como mãe enquanto atendia em uma lanchonete?

Você já perguntou o nome da mãe de pessoas desconhecidas na rua?

Você já ouviu de um homem adulto que o nome de sua mãe era “minha mãe”?

Você já conversou sobre maternidade com crianças que brincavam no meio da rua?

Você já deixou uma criança olhar por debaixo de sua saia, depois de explicar que era feita de chita por ser uma referência à sua ancestralidade nordestina?

Você já fez uma mãe chorar de emoção em uma esquina?

Você já fez uma mãe sorrir enquanto mexia no celular no meio-fio?

Você já conversou com mães coreanas, bolivianas e brasileiras no mesmo quarteirão?

Você já correu como uma mãe?

Você já riu como uma mãe?

Você já fez perguntas como uma mãe?

Você já fez algo por uma mãe?

E hoje, você fez algo por uma mãe?

Por sua mãe?

E por outras mães?

Você já sorriu para uma mãe?

Você já reverenciou uma mãe?

Você já conversou com uma mãe?

Você já olhou para uma mãe? 

Quem assistiu “Mãe”, de Jocarla, no ERUV 2024, já experienciou tudo isso. Mas isso foi no dia 24 de agosto. Hoje já é outro dia. Você já olhou para uma mãe hoje?

Ficha técnica:

“Mãe”

Concepção e ação: Jocarla.

Assessoria na pesquisa Caboclo de Lança: Mestre Nico (Caboclo de Lança) e Eder "O" Rocha .

Materiais: Surrão com peso aproximadamente 20kg. Lança com peso aproximadamente 10kg.